sábado, 13 de novembro de 2010

Guarde o que você escreve

Em uma breve visita ao gabinete do professor Seben me deparei com um livrinho com uma capa charmosíssima, toda rabiscada, parecendo um caderno escolar, daquelas pessoas em cujo momento de ócio - ou de aula chata - rabiscam um qualquer coisa (Alô Laura) , quando abri o livro, este tinha todo o formato de caderno, com linhas e tudo mais, eis que o professor nos conta que aquilo era um compêndio de suas produções literárias durante as aulas chatas de sua vida. Fiquei praticamente em choque quando ele abriu uma caixa e lá dentro estavam os originais (eram vários), escritos a mão, e com todas as ilustrações possíveis e imagináveis.
O professor falou que deveríamos mostrar aquilo que escrevemos, e mais do que isso, guardar, não se desfazer de pequenos escritos feitos em aulas chatas. Pensei no meu caderninho dentro da bolsa, nas muitas coisas que escrevo arbitrariamente, sobre coisas que aparecem na minha frente; por uns segundos pensei: e se o que eu escrevo no meu caderninho for digno de ser lido um dia? Eu muitas vezes me desfaço daquilo que escrevo, mas vendo o "Globo 33", nome do livro publicado pelo professor (o título é originário do nome do caderno onde ele escreveu todas as poesias, contos, novelinhas, e tudo mais), me deu vontade de guardar, de ter uma caixa cheia de caderninhos no futuro.
Não quero dizer que eu escrevo bem, quero dizer que um dia posso ver beleza nas coisas aleatórias que escrevo. Portanto fica a lição: guarde aquilo que você escreve, que sabe o que elas podem virar daqui a pouco

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